Qual não foi nossa surpresa ao nos deparamos com a notícia
difundida pela mídia de que o Ministério Público Federal (MPF) está recorrendo
de decisão 7ª Vara Federal Cível de São Paulo que impede o afastamento imediato
e a perda dos cargos/aposentadorias de 3 delegados da polícia civil que teriam
participado de atos de tortura e outros crimes durante o regime militar. É de
se lastimar que com tantos crimes acontecendo no país (desvios de verbas,
superfaturamente, mensalões, etc) o MPF esteja preocupado em criminalizar fatos
que já fazem parte da história.
Sabemos que a justiça é cega, porém, sua balança tem dois
pratos, e seu equilíbrio há de ser mantido. Se o MPF está preocupado em
criminalizar atos que aconteceram por força das circunstâncias de clamores históricos,
também deveria estar preocupado em colocar na cadeia aqueles que os
protagonizaram e fizeram o país chegar àquela encruzilhada. Mas, pelo
contrário, não evidenciamos nada a respeito dos crimes cometidos por aqueles
que tentaram subverter a ordem político-social-econômica, e, que foram
regiamente recompensados por seus crimes de lesa-pátria, beneficiados pela lei
da anistia.
Infelizmente nosso país trilha por sendas obscuras, que
esperamos estar muito longe de espelharem situações que, outrora, conclamaram
os militares a assumirem o poder contra a corrupção, o descaso das autoridades,
o desrespeito à instituição familiar, e a toda sorte de injustiças, em defesa
de cidadãos honestos, e que hoje vivem como parias por defenderem conceitos
morais e éticos.
Estamos vivenciando uma total inversão de valores fazendo
com que percamos a crença em nossos dirigentes e autoridades constituídas...
Assessoria de Informática