27 DE NOVEMBRO
Por Cel Art Antônio Sá Barreto Lemos Filho
NOVEMBRO! Manhã de sol e de luz!
Sob o pendão que tremula
auri-verde saudando a TERRA BRASILEIRA
dorme o sono tranqüilo
a PÁTRIA confiante.
Eis que estremece na base
o mastro que se apruma.
Na calada das sombras
como sombra maldita
sob a PÁTRIA se estende
a mortalha de dor.
E os traidores se espalham
e são troféus infames
a carne estraçalhada
dos nobres companheiros!
Desce a Bandeira no mastro
- a meia altura -
e a PÁTRIA de luto chora!
Nos corações se escrevem
em letras de sangue e dor
os nomes inesquecíveis
de PINHEIRO, SOUZA e MELO
GERALDO, PALADINI,
e MISAEL entre outros.
Um frêmito acompanha,
numa tristeza infinita
o nome generoso
do Tenente BRAGANÇA.
A PÁTRIA chora seus filhos
A PÁTRIA clama vingança.
Heróis que defenderam bravamente
o solo em que morreram
em silêncio evocamos vossa jornada de glória
AURI-VERDE PENDÃO da TERRA BRASILEIRA. Em promessas juramos
da foice e do martelo
unidos defender-vos.
Companheiros,
mães e esposas,
filhas e noivas
que choram a iniquidade
do sangue de CAIM !
Desfraldemos no azul do céu
Da PÁTRIA muito amada
junto à BANDEIRA manchada
a nossa bandeira de fé
no futuro do BRASIL.
E finquemos o mastro imponente,
altivo e incontestável,
no nosso solo sagrado
como um símbolo de amor
aos corações que tombaram!
BRASILEIROS traídos,
BRASILEIROS feridos,
cujos nomes ecoam nos lares golpeados,
a PÁTRIA vos recorda e chora agradecida!
Sob o AURI-VERDE PENDÃO
da PÁTRIA idolatrada
serenos repousai, BRASILEIROS leais;
serenos repousai, que o destino dos justos
é o respeito e o carinho,
a honra e a devoção.
Heróis dessa jornada
de luz resplandecente,
repousai tranqüilos !
De pé, no altar da PÁTRIA,
aos entes que ficaram
em coro nós juramos
- ninguém perturbará o sono dos heróis
e não será em vão o muito que sofrestes.
